sábado, 30 de outubro de 2010

Descobrimento do Brasil 1500

D
ESCOBRIMENTO DO
B
RASIL
(1500)
Contribuição judaica ao
descobrimento do Brasil
O judeu Gaspar de Lemos,
primeiro explorador do
Brasil
Contribuição judaica ao
descobrimento do Brasil
V
erificou-se o
descobrimento do Brasil
numa época em que
Portugal estava no auge
da sua expansão no
mundo.
Não era então somente
a glória militar ou a
busca romanesca de
aventuras, ou ainda o
desejo de dilatar a fé
católica, que impeliam
os portugueses às suas
grandiosas expedições
marítimas, em que
singravam "mares nunca
dantes navegados",
intimoratos aos perigos,
insensíveis às
provações.
Ao lado desses motivos,
e quiçá acima deles, o
espírito comercial
dominava as
expedições. Visavam os
portugueses quebrar o
monopólio que até
então, por intermédio
das caravanas árabes,
mantinham venezianos
e genoveses sobre o
intercâmbio mercantil
com os portos do
Levante, e desse modo
assegurar a Portugal a
posição de centro as
grandes atividades
econômicas da época, a
função de empório de
produtos e especiarias
intensamente
procurados pelos meios
consumidores da
Europa.
Fossem quais fossem,
entretanto, os móveis do
alargamento marítimo
de Portugal, o certo é
que ele não lograria
produzir-se sem o longo
período de descobertas
e aperfeiçoamentos
científicos, que precedeu
o grande ciclo das
conquistas, e no qual
tiveram papel de sumo
relevo os sábios da
época.
Desde o século XII, aliás,
vinham os judeus
ibéricos se distinguindo
extraordinariamente nos
domínios da
matemática, astronomia
e geografia, ciências
essas básicas para a arte
náutica, especialmente
para a navegação
oceânica.
Merecem menção, entre
muitos outros:
ABRAHAM BAR CHIA
Autor das obras "Forma da
Terra", "Cálculo do
Movimento dos Astros" e
"Enciclopédia";
ABRAHAM IBN ESRA
Autor de "Utensílios
Éneos", "Tratado do
Astrolábio", "Justificação
das Tábuas de Kvarismi" e
"Tábuas Astronômicas";
JOÃO DE LUNA
Que escreveu "Epítomes
de Astrologia" e "Tratado
do Astrolábio";
JACOB BEN MACHIR
Que escreveu "Tratado do
Astrolábio" e inventou um
instrumento de
observação, chamado
"Quadrante de Israel";
ISAK IBN SAID
Que elaborou um resumo
concatenado das obras
sobre astronomia dos
gregos e árabes;
RABÍ LEVÍ BEN GERSON
(GÉRSONIDES)
Que escreveu as obras
"Tratado sobre a Teoria e
Prática do Cálculo", "Dos
Números Harmônicos",
"Tábuas Astronômicas
sobre o Sol e a Lua" e
"Tratado sobre a
Balestilha", e construiu
dois importantes
instrumentos: a câmara
escura e o telescópio, cuja
invenção é geralmente
atribuída a outros;
ISAAC ZADDIK
Que escreveu "Tábuas
Astronômicas", "Tratado
sobre Instrumentos
Astronômicos" e
"Instruções para o
Astrolábio de Jacob ben
Machir".
Esse vicejante
movimento científico foi
de forma excelente
aproveitado pelos
governantes
portugueses em prol da
ascensão do seu país à
posição de grande
potência naval.
Assim, o infante D.
Henrique, apelidado "O
Navegador", ao fundar,
em 1412, a primeira
academia de navegação,
a tradicional "Escola de
Sagres", escolheu para
sua direção um dos mais
famosos cartógrafos do
século XV, o judeu
Jehuda Crescas, indo
buscá-lo, especialmente,
nas Ilhas Baleares.
Jehuda Crescas, também
conhecido como mestre
Jácome de Malorca e
ainda comumente
chamado "El judio de las
Brújulas" - devido à sua
grande experiência na
fabricação de bússolas -
teve por essencial
missão ensinar aos
pilotos portugueses os
fundamentos da
navegação e a produção
e manejo de cartas e
instrumentos náuticos.
Mais tarde, outros
judeus de renome
científico prestaram sua
colaboração à Escola de
Sagres, destacando-se
os sábios José Vizinho,
mestre Rodrigo e,
sobretudo, Abraham
Zacuto - autor do
"Almanaque Perpétuo de
todos os Movimentos
Celestes" - figura de
grande influência em
todas as decisões que
diziam respeito aos
interesses do Estado,
inclusive portanto às
expedições oceânicas,
uma das quais - a
importante e bem
sucedida viagem de
Vasco da Gama que
trouxe a descoberta do
caminho marítimo à
Índia - foi por ele
planejada.
Afigura-se, desse modo,
evidente que, em
grande parte, a
cooperação científica
dos judeus do século XV
tornou possível as
viagens transoceânicas e
as descobertas
realizadas pela frota
lusitana.
Mas, a contribuição
judaica ao
descobrimento de novas
rotas e de novas terras
para a coroa portuguesa
não se limitou ao campo
científico de feição
preparatória, senão
também se traduziu na
participação direta das
temerárias viagens, nas
quais os judeus se
revelaram de vital
utilidade, graças
inclusive ao
conhecimento que
tinham das línguas e
costumes de vários
países.
Assim, também
tomaram parte saliente
na expedição que
resultou no
descobrimento do Brasil,
pois que, na frota
dirigida por Pedro
Álvares Cabral, viajaram
como conselheiros
especialistas pelo menos
dois

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